Quadro coerente

28/10/2019 12:05

"Freud, portanto, acreditava que a ciência estava cercada de rivais, e esta percepção o situava claramente no campo iluminista. Ele não temia a arte: via-a como essencialmente benevolente e incapaz de fazer mal. Já a filosofia constituía um competidor mais problemático. Em si mesma, sugeriu Freud, ela 'não se opõe à ciência; ela age como uma ciência, trabalha em parte com os mesmos métodos, mas aparte-se da ciência na medida em que se aferra à ilusão de poder oferecer um quadro coerente e inteiriço do mundo'."

 

Peter Gay, Um judeu sem Deus - Freud, ateísmo e a construção da psicanálise