Perseguição policial às religiões afro-brasileiras
07/12/2021 12:11
“Uma anônima poesia popular de negros nos informa o tratamento que a polícia dispensava aos sacerdotes da religião africana:
Dá licença, Pai Antônio,
Eu não vim te visitá
Eu estou muito doente,
O que quero é me curá.
Se a doença for feitiço me cura no seu Congá;
Se a doença fôr de Deus…
Ah! Pai Antônio vai curá!
Coitado de Pai Antônio Prêto velho rezadô,
Foi parar numa prisão,
Ah! por não ter um defensô.
Pai Antônio na Quibanda…
É curadô!
É pai de mesa, é rezadô!
É pai de mesa, é rezadô!
Pai Antônio da Quibanda é curadô!
Povo de Umbanda!
Povo valente!
Rei de Congo!
Meu pai chegou!”
Abdias Nascimento, O genocídio do negro brasileiro